A Prefeitura de Santo André, que está atualmente sob a gestão de Carlos Grana (PT) e a partir do dia 1º terá o prefeito eleito Paulo Serra (PSDB) no comando, aguarda, para janeiro, autorização de órgãos federais para realizar o andamento inicial e efetivo do projeto de obras viárias de impacto na cidade, com o objetivo de realizar a construção e recuperação da infraestrutura urbana. A obra será financiada com empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o crédito de US$ 25 milhões já foi aprovado em julho e equivale a R$ 81,7 milhões.
A Pasta do governo federal entra como fiadora no projeto e a STN (Secretaria do Tesouro Nacional), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, já atestou a capacidade de endividamento da Prefeitura, classificando-a com nota B na escala. Agora, restam o crivo derradeiro da secretaria e a validação do processo pela Comissão de Finanças e Orçamento no Congresso. Após a publicação do credenciamento, o governo andreense pode assinar contrato com o BID e abrir licitação, em módulo internacional.
De acordo com o BID, o projeto financiará a construção de quatro quilômetros de corredores exclusivos de ônibus tipo BRT (Bus Rapid Transit), o que vai permitir reduzir os tempos de viagem. A primeira fase do programa integra três grandes obras, incluindo a melhoria do cruzamento sobre o Rio Tamanduateí e da conexão do município com o resto da área metropolitana de São Paulo e o Porto de Santos. Consta na lista o alteamento da Avenida dos Estados, na altura do Viaduto Castelo Branco (aproximadamente R$ 40 milhões), no bairro Santa Terezinha; a segunda alça do Viaduto Antônio Adib Chammas (cerca de R$ 15 milhões), no Centro; além da implantação de corredores de ônibus, também na região central.
Serão 25 anos para amortização da dívida, tendo carência de 66 meses para começo da quitação.