Notícias

Pedintes em shoppings de Santo André viram alvo de debate na internet

Nos últimos dias, publicações a respeito da presença de pedintes nas praças de alimentação dos shoppings de Santo André tomaram conta das redes sociais.

Em uma delas, com mais de mil comentários até o momento, a autora do texto faz referência ao Grand Plaza, localizado no Centro, afirmando que “está difícil frequentar a praça de alimentação”.

O motivo para a reclamação seria o aumento no número de pessoas que pedem comida ou dinheiro aos clientes do shopping.

Na mesma mensagem, mulher afirma que os pedintes são sempre os mesmos e critica a postura da direção do empreendimento. “A direção do shopping não está nem aí”, explica.

Em outra publicação, uma jovem que afirma trabalhar no Grand Plaza diz que está “desagradável comer no shopping” e alega que os pedintes “comem melhor que a gente”.

Os comentários que se seguem às publicações iniciam um debate intenso sobre a situação com opiniões divididas.

Questionado sobre os comentários na internet, o Grand Plaza limitou-se a responder ao SantoAndré.BIZ que “está tomando as medidas cabíveis para proporcionar a manutenção de um ambiente saudável a todos os seus frequentadores”.

Outros shoppings da cidade, como ABC e Atrium, citados nas redes sociais, não retornaram o contato da reportagem.

Empreendimento não pode proibir entrada
Em decisão recente, envolvendo o shopping Pátio Higienópolis, localizado na capital paulista, a justiça determinou que empreendimentos assim não podem barrar a entrada de pessoas por conta de sua condição social.

Em fevereiro deste ano, o Higienópolis foi acusado de apreender crianças de rua, impedindo-as de circular pelos corredores do centro comercial.

“O shopping é um local privado aberto ao público, e por isso deve permitir a circulação [de pessoas] sem qualquer tipo de segregação ou preconceito. A simples presença física do outro que não é igual ou não segue o ideal de normalidade que se convencionou para o referido shopping center não legitima o pedido de autorização para apreensão de crianças e adolescentes, chamadas repetidamente pelo requerente de ’em situação de rua’, indicando, quiçá, atitude discriminatória e ilegal”, diz o texto assinado pela juíza Mônica Gonzaga Arnoni.

À época, a magistrada sugeriu ao Higienópolis “contratar profissionais gabaritados para identificar as situações dos desamparados e, em conjunto ou não com o Poder Público, apresentar programas e projetos de auxílio àqueles que por deficiências diversas não se enquadram no desejável público de frequentadores do empreendimento”.

Com informações da Agência Folha

Compartilhe!