A primeira etapa da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), prevista para fevereiro, excluiu o Grande ABC da lista de cidades contempladas. O Ministério da Saúde, devido à capacidade limitada dos lotes, definiu critérios para distribuição. Nesta quinta-feira (25), divulgou que 521 municípios do país receberão os imunizantes.
As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes, alta transmissão de dengue em 2023 e 2024, e maior predominância do sorotipo DENV-2 – um dos quatro sorotipos do vírus da dengue.
No Estado de São Paulo, 11 cidades do Alto Tietê receberão as doses, incluindo Guarulhos, Suzano, Guararema, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim e Salesópolis.
Neste primeiro momento, a vacinação se concentra em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária com maior número de hospitalizações por dengue, segundo o Ministério da Saúde. A população idosa será o segundo grupo prioritário quando a vacina for autorizada pela Anvisa.
O Brasil se destaca como o primeiro país a oferecer a vacina na rede pública, enfrentando o desafio da baixa quantidade de doses devido à capacidade limitada de fornecimento do laboratório fabricante. O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de três meses.
A primeira remessa de cerca de 757 mil doses chegou no último sábado (20), fazendo parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está prevista para fevereiro. O Ministério da Saúde já adquiriu o total disponível para o ano, de 5,2 milhões de doses, e contratou nove milhões de doses para 2025.