Francisco Prestes Maia (1896-1965) foi um engenheiro e urbanista brasileiro conhecido por suas contribuições para o planejamento urbano e a luta por moradia digna.
Maia nasceu em São Paulo e formou-se em Engenharia Civil na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1919. Em seguida, trabalhou como engenheiro em diversos projetos de infraestrutura no Brasil e no exterior, incluindo a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.
Em 1930, Maia foi nomeado diretor do Departamento de Urbanismo da Prefeitura de São Paulo, cargo que ocupou até 1934. Durante esse período, ele liderou a elaboração do Plano de Avenidas para São Paulo, que previa a construção de grandes avenidas radiais interligando a cidade e foi implementado gradualmente nas décadas seguintes.
Após deixar a prefeitura, Maia continuou a atuar como consultor em projetos de urbanismo e também se envolveu em questões políticas e sociais, principalmente relacionadas à moradia popular. Em 1946, fundou o Instituto de Engenharia de São Paulo e, em 1950, o Movimento de Defesa do Direito à Moradia (MDDM), que lutava pelo direito à moradia digna para a população de baixa renda.
Maia também foi um crítico contundente do modelo de desenvolvimento urbano vigente no Brasil, que privilegiava o transporte individual em detrimento do coletivo e levou à expansão desordenada das cidades e ao aumento das desigualdades sociais. Em seus escritos e discursos, ele defendia a adoção de políticas públicas mais equilibradas e participativas, que envolvessem a população na gestão das cidades e priorizassem o transporte coletivo, o meio ambiente e a qualidade de vida.
Francisco Prestes Maia faleceu em 1965, deixando um legado de compromisso com o desenvolvimento urbano sustentável e a luta por justiça social. Seu nome é homenageado em diversas ruas, praças e edifícios públicos em São Paulo e outras cidades brasileiras, incluindo Santo André, cuja via que leva o nome do engenheiro é uma das mais importantes da região do ABC.
