O prefeito Paulo Serra (PSDB) e sua esposa empenharam-se nas últimas semanas no apoio à Carla Morando (PSDB), esposa do prefeito de São Bernardo do Campo, que tenta uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Ana Carolina Serra chegou a ser convidada a concorrer, mas declinou e acabou coordenadora da campanha da vizinha que promete trazer mais recursos para a região do ABC.
Sem experiência legislativa e nenhum vínculo com Santo André, Carla aposta na dobradinha com o ex-vereador Ailton Lima (PSD) que tenta uma vaga na Câmara Federal.
Apoio abestado
Curiosamente, Paulo Serra também aderiu à campanha do principal adversário político do colega Orlando Morando.
No final de agosto, o prefeito andreense foi fotografado ao lado de Alex Manente (PPS) durante lançamento da candidatura de Thiago Auricchio (PR) a deputado estadual.
Aliás, o jovem Auricchio é filho do prefeito de São Caetano, José Auricchio Junior (PSDB), que também não viu qualquer problema no apoio e avalizou a filiação do pupilo ao mesmo partido do humorista Tiririca.
Saúde política frágil
O ex-prefeito Dr. Aidan Ravin (Podemos) obteve apenas na última quinta, dia 4, sentença favorável à sua candidatura a deputado estadual.
Pesava sobre o político um parecer do Tribunal de Contas do Estado, envolvendo convênios realizados enquanto atuava como chefe do Executivo.
Derrotado nas urnas em 2012, 2014 e 2016, trocou o PSB pelo Podemos no último minuto para tentar retomar ao poder.
A catalepsia do PT
A esquerda andreense respirar por aparelhos e luta, nesta eleição, para evitar a redução de suas bancadas em Brasília e na Assembleia Legislativa.
Entre 2014 e 2016, o PT viu cair pela metade o número de votos e agora deve enfrentar dificuldades com a nova legislação que atribuiu uma “nota de corte”, exigindo que cada candidato tenha, no mínimo, 10% do coeficiente eleitoral para pleitear uma vaga.
Em São Paulo, esse percentual representará cerca de 30 mil votos por nome. Morto o PT não está, mas segue em estado cataléptico.